O sistema operacional Linux (ou GNU/Linux)
Logo que Linus Torvalds passou a disponibilizar o Linux, ele apenas disponibilizava o kernel (núcleo) de sua autoria juntamente com alguns utilitários básicos. O próprio usuário devia encontrar os outros programas, compilá-los e configurá-los e, talvez por isso, o Linux tenha começado a ter a fama e sistema operacional apenas para técnicos. Foi neste ambiente que surgiu a MCC (Manchester Computer Centre), a primeira distribuição Linux, feita pela Universidade de Manchester, na tentativa de poupar algum esforço na instalação do Linux.
Hoje em dia, um sistema operacional Linux completo (ou uma "distribuição de Linux") é uma coleção de softwares (livres ou não) criados por indivíduos, grupos e organizações ao redor do mundo, tendo o Linux como seu núcleo. Companhias como a Red Hat, a Novell/SUSE, a Mandriva (união da Mandrake com a Conectiva), bem como projetos de comunidades como o Debian, o Ubuntu, o Gentoo e o Slackware, compilam o software e fornecem um sistema completo, pronto para instalação e uso.
As distribuições de GNU/Linux começaram a ter maior popularidade a partir da segunda metade da década de 1990, como uma alternativa livre para os sistemas operacionais Microsoft Windows e Mac OS, principalmente por parte de pessoas acostumadas com o Unix na escola e no trabalho. O sistema tornou-se popular no mercado de servidores, principalmente para a Web e servidores de bancos de dados, inclusive no ambiente corporativo - onde também começou a ser adotado em desktops especializados.
No decorrer do tempo várias distribuições surgiram e desapareceram, cada qual com sua característica. Algumas distribuições são maiores outras menores, dependendo do número de aplicativos e sua finalidade. Algumas distribuições de tamanhos menores cabem em um disquete com 1,44 MB, outras precisam de vários CDs, existem até algumas que tem versões em DVD. Cada uma tem seu público e sua finalidade.
Veja também a questão O que é uma distribuição de Linux.
Download ou aquisição do Linux
Embora provavelmente a forma mais fácil de obter o Linux seja através dos CDs distribuídos como brinde em diversas revistas nacionais (escolha sempre uma versão recente!), o jeito mais fácil de obter sua cópia sem desembolsar nada a mais é através do download de imagens ISO, que são arquivos (geralmente por volta de 650MB cada um) trazendo o conteúdo completo de um CD-ROM, prontos para serem gravados em um CD, permitindo assim que você obtenha cópias idênticas de um CD original. Verifique na ajuda do seu programa favorito de gravação de CDs como fazer para gravar a partir de uma imagem ISO - quase todos os programas populares dispõem deste recurso, e a operação em geral é simples.
Algumas distribuições (como o Knoppix e o brasileiro Kurumin) são especialmente disponibilizadas na forma de Live CDs, capazes de rodar diretamente do CD e dispensando instalação no disco de seu computador - é uma boa forma de ter seu primeiro contato.
Como o Linux é um software livre, a maior parte dos produtores disponibiliza imagens ISO contendo exatamente o mesmo conteúdo dos CDs vendidos em lojas ou na Internet, e você pode fazer o que quiser com elas. Você pode procurar suas imagens ISO no site de sua distribuição preferida - às vezes será necessário fazer o download de mais do que uma imagem, e em outros casos o download da primeira imagem é obrigatório, e o das outras é opcional. Raras são as distribuições que não disponibilizam imagens ISO de instalação.
Se preferir, procure no site linuxiso.org, cuja especialidade é apontar links para imagens ISO dos CDs das distribuições de Linux do mundo todo.
Como se trata de um download grande (uma distribuição em 3 CDs corresponde a quase 2GB de dados), certifique-se de ter espaço suficiente no seu HD, e utilize um bom gerenciador de download.
Artigo adaptado de: CAMPOS, Augusto. O que é Linux. BR-Linux. Florianópolis, março de 2006.
Veja Artigo completo
Referências