TVE Brasil
Salto para o Futuro


Integração de tecnologias, linguagens e representações

Programa 1: Integração de tecnologias com as mídias digitais

Resumo: Os convidados debatem a integração de tecnologias com as mídias digitais perpassando pelos temas que abrangem a formação de professores, a preocupação com o uso das tecnologias a serviço pedagógico, a integração das tecnologias com as disciplinas, o livro como instrumento importante a ser agregado às tecnologias, o papel do gestor em garantir as condições necessárias para a integração das tecnologias nas escolas, a utilização dos jogos com conteúdo lúdico e informativo como parte de um objetivo pedagógico, a incorporação das tecnologias em atividades de aula, a integração de professores e gestores nos projetos, a infra-estrutura necessária para garantir a efetivação dos projetos e a mudança de paradigma.

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A duração deste filme é de 54min 3s

Parte 1 - Introdução – Apresentação do tema e dos participantes


Marcos Gomes apresenta os participantes do debate relativo a integração de tecnologias com as mídias digitais: a Coordenadora do Núcleo de Educação à Distância da Universidade Federal de Pernambuco, Sônia Sette e, Diretora de Tecnologia na Educação da Secretaria Municipal de Educação da Cidade de Recife, a Superintendente de Educação à Distância e Continuada do Estado de Goiás Lydia Poleck, o Professor do Departamento de Multimeios, Mídia e Comunicação da UniCamp José Armando Valente e a Profa Cenidalva Teixeira do Estado do Maranhão.



Parte 2 – Vídeos que exibem projetos desenvolvidos em duas escolas do Estado de Goiás


“Reportagem sobre projetos desenvolvidos em duas escolas do Estado de Goiás que mostram que a integração de tecnologias no trabalho pedagógico só é possível com a integração entre gestores e professores”. Em seguida, os convidados comentam tais projetos, levantando pontos fundamentais que contribuíram para o sucesso da integração das tecnologias a serviço pedagógico. Assinalando que os projetos nos dão a oportunidade de ver que a integração não acontece somente no nível tecnológico, mas entre as pessoas e os conteúdos privilegiando a construção do conhecimento. E que privilegiam o sucesso do aluno na escola e a sua permanência. Bem como, o investimento nas pessoas mostrando professores criativos e responsáveis articulando trabalhos integrados nas diversas disciplinas.


Parte 3 – A resistência dos professores na utilização das tecnologias em sala de aula

Participação da TV Escola de Anápolis (Goiás) questionando sobre a resistência dos professores em utilizar as tecnologias embasados na preocupação com o conteúdo a ser vencido em curto período de tempo. A Profa. Lydia poleck comenta o tema, apontando que não são as máquinas que integram, mas que a integração das tecnologias está nas pessoas, por isso o gestor é muito importante nesse processo. Verifica-se que em algumas escolas há inclusão das tecnologias nos planos políticos pedagógicos assim como, uma política de coordenações pedagógicas em trabalhar com projetos que integram as tecnologias. É importante salientar que a demanda vem dos alunos e que os professores já estão atentando para o fato que apenas ler e escrever (giz e quadro) não é mais suficiente.


Parte 4 – Como trabalhar a formação continuada do professor na utilização das tecnologias para que possam fazer a integração das mídias?


Participação do Teleposto do Maranhão e de “internautas” questionando a formação continuada dos professores para o uso das tecnologias em sala de aula. Os professores convidados comentam que a integração somente irá ocorrer quando os professores trabalharem com as tecnologias, pois a integração vem com a prática. E a própria tecnologia permite o contato com mais informação e conhecimento sobre integração. Nesse sentido, o professor precisa estar em contato com as tecnologias e as universidades precisam mediar a inclusão de reflexão e aporte teórico para dar suporte a esta formação. Muitos Estados possuem programas de formação de professores envolvendo o tema, mas é preciso que os governos e a sociedade civil organizada se organizem entorno dessa perspectiva, já que a demanda existe e que tem um custo muito alto para a aquisição de equipamentos e para sua manutenção.


Parte 5 – Sobre o conteúdo de jogos educativos e interativos no processo ensino-aprendizagem


Participação do NTE de Anápolis, Goiás, questionando sobre o uso de jogos educativos e interativos na escola. Os professores comentam tais implicações no processo da construção do conhecimento. E enfatizam que os jogos possuem duas finalidades, onde servem como fonte de informação e outra é que eles introduzem um componente lúdico bastante importante no processo ensino aprendizagem. Salientam ainda, que os jogos precisam estar a serviço de um processo pedagógico, não é o jogo pelo jogo, não é a tecnologia pela tecnologia. A utilização dos jogos precisa ter um objetivo pedagógico demarcado: o que a professora quer conseguir com o jogo e o que quer trabalhar com a parte tecnológica? O que temos visto na escola é que quando não temos o que fazer usarmos um “joguinho”, o que perde o caráter do uso das tecnologias para a construção do conhecimento.


Parte 6 – Integração de mídias digitais na reconstrução de práticas pedagógicas


Participação do Teleposto do Rio de Janeiro questionando sobre como interagir com os alunos reconstruindo a prática pedagógica e enfatizando a integração de tecnologias com as mídias digitais. Os professores comentam o tema apontando que a idéia de trabalhar com o desenvolvimento de projetos possibilita tanto a riqueza de utilização dos diversos recursos tecnológicos disponíveis, como demonstra o interesse dos alunos. Além disso, cursos de formação de professores que abordem a perspectiva da integração de mídias digitais tendem a garantir novas práticas pedagógicas.



Parte 7 – A formação de professores na perspectiva da integração de diferentes mídias e recursos tecnológicos na escola


Exibição do vídeo sobre o curso de “Formas Alternativas de Atendimento” parceria da Secretaria Estadual de Educação de Goiás e PUC-SP realizado em 2004, voltado para a formação dos professores objetivando a quebra de paradigmas a fim de integrar diferentes mídias às práticas pedagógicas. Em seguida, os convidados comentam o tema, apontando a necessidade da quebra do paradigma tradicional, como existe hoje, onde o professor coloca o conceito no quadro e o aluno reproduz através de atividades sem garantia de reflexão e de apropriação dos conceitos. Já no trabalho com projetos se parte da ação e depois vem a conceituação e a reflexão sobre o resultado.


Parte 8 – Projetos, laboratórios e oficinas utilizando tecnologias voltadas para a juventude, comunidades e escola pública facilitando o acesso


Comentários sobre o Projeto “Escolas itinerantes de Informática” realizado na cidade de Recife, oficinas de fotografia e Bienal do Livro realizadas em Goiás e projeto para inserir a informática no ensino fundamental no Município de Coroatá.






Parte 9 – Encaminhamentos pedagógicos na Formação de Professores para a integração das tecnologias


Questionamentos de professores através da Internet e dos Telepostos sobre a formação de professores. Os convidados apontam que uma formação fragmentada resulta numa prática fragmentada, portanto é importante que no processo de formação seja trabalhado as diferentes linguagens e as diversas mídias. E que seja utilizado esse modelo nos projetos pedagógicos de forma integrada. Como exemplo, os professores mencionam o projeto que ocorre no Recife chamado Modelo Vivencial em que o professor tem o processo de formação na sala de aula junto com os seus alunos recebendo auxilio dos professores multiplicadores que vão acompanhando todo processo. Então, na prática ele está exercitando o uso das tecnologias com o trabalho pedagógico e integrando as diversas mídias. É importante que o professor esteja constantemente desafiando a aprendizagem.

Parte 10 – Considerações finais dos convidados sobre a integração de tecnologias com as mídias digitais


Os convidados fazem um balanço sobre o debate, salientando principalmente, a necessidade de esforços coletivos para que a integração das tecnologias ocorra. Onde o processo de integração do uso das tecnologias passa pelo gestor, assim como a gestão precisa se preocupar em promover as condições necessárias de implementação dos projetos. É preciso, também, que o uso das tecnologias esteja vinculado ao plano político pedagógico das escolas e que esteja integrado na gestão como um todo.