Célula espermática > Membrana plasmática > Saiba mais O espermatozóide apresenta carga elétrica negativa, mais acentuada na região da cabeça do que na da cauda. Entretanto, ao longo da célula, a carga também sofre variações. Os espermatozóides são muito sensíveis a variações de temperatura entre 35°C a 5°C. As alterações provocadas pelo frio desestabilizam a estrutura fluida da membrana plasmática, causando perda de sua integridade e da função celular. Ocorrem alterações na peça intermediária, inativação das mitocôndrias, a cauda se dobra e a movimentação espermática cessa. Este conjunto de alterações causadas pela queda rápida da temperatura é denominado de choque térmico. Os efeitos do frio dependem da taxa de resfriamento, da variação de temperatura e da espécie. Em mamíferos, as espécies mais resistentes ao choque térmico são aquelas que apresentam maior taxa de colesterol - fosfolipídios na membrana e maior grau de saturação de fosfolipídios.
Testes de integridade da membrana plasmática A integridade
da membrana plasmática, tanto estrutural quanto funcional,
é importante para a viabilidade e a capacidade de fertilização
do espermatozóide. Um teste utilizado para a avaliação
da integridade estrutural da membrana, é a coloração
com sondas fluorescentes. Os corantes utilizados são: O DIC penetra nas células corando-as de verde, e permanece apenas nas que possuem a membrana integra, visto que se torna impermeável. Já o IP penetra nas células com lesão na membrana, liga-se ao DNA, e cora esta de vermelho. A avaliação da integridade funcional da membrana é feita através do teste hiposmótico Este teste consiste em colocar o sêmen em meio hiposmótico e observar, através de microscopia ou de contraste de fase, as modificações ocorridas na célula. Na tentativa de equilibrar o meio interno e externo, os espermatozóides com membranas íntegras promovem influxo de água, o que causa um edema na cauda e conseqüente enrolamento desta. |