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Os espermatozóides necessitam sofrer modificações funcionais e estruturais para serem capazes de fertilizar os oócitos. Habitualmente, o conjunto destas transformações é definido como "capacitação espermática". Inicialmente, essas modificações ocorrem no nível molecular da membrana plasmática e resultam em alterações fisiológicas (hiperativação do flagelo) e morfológicas (reação acrossômica). O processo de capacitação depende de alterações da permeabilidade da membrana ligadas ao transporte dos íons cálcio.

A reação acrossômica é desencadeada pela interação do espermatozóide com receptores específicos da zona pelúcida como, por exemplo, a proteína Zp3 que é espécie específica. Esta reação consiste na fusão da membrana do acrossomo com a membrana plasmática do espermatozóide criando poros que permitem a exocitose de enzimas.

A enzimas acrossomicas são:
   - Proacrosina: precursora da enzima proteolítica, acrosina (uma protease, semelhante à tripsina), cujo propósito é ajudar a penetração do espermatozóide dissolvendo o caminho através da zona pelúcida. Esta conversão ocorre devido ao glicosaminoglicano no fluido uterino;
   - Neuraminidase: colabora na digestão da zona pelúcida.
   - Hialuronidase: dispersa as células do cumulus que envolvem o óvulo recém-ovulado.

O segmento equatorial do acrossomo difere do segmento anterior porque seu conteúdo não é liberado durante a reação acrossômica inicial, mas é exposto quando o espermatozóide penetra na zona pelúcida.

 

Para obter mais informações sobre as enzimas, acesse:
   - www.iniap.min-agricultura.pt/ficheiros_public/bt22.pdf
   - www.gfmer.ch/Educacion_medica_Es/Pdf/Fertilizacion.pdf
   - www.wisc.edu/ansci_repro/


• No acrossomo de chinchila e de cobaias, ocorre diferenciação morfológica mesmo após a espermatogênnese. A forma definitiva só é atingida quando o espermatozóide se encontra na porção distal do epidídimo.


• A linha de demarcação entre as zonas intermediária e equatorial do acrossomo, permite a liberação das enzimas necessárias à fecundação durante a reação acrossômica que precede a fecundação.


Breve Histórico sobre a Técnica de Fertilização In Vitro para uso em Reprodução Animal - Artigo extraído da Dissertação de Mestrado de Andrea Giannotti Galuppo, sob orientação da Dra. Magali D’Angelo - Pesquisador Científico - Laboratório de Biologia Celular – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal do Instituto Biológico e credenciada no Curso de Epidemiologia Experimental e Aplicada às Zoonoses da FMVZ-USP