Célula espermática > Defeitos da célula espermática
Observação dos defeitos Os defeitos espermáticos podem ser observados utilizando-se microscopia óptica, através de esfregaços corados. As amostras de sêmen podem ser preservadas em solução de formol salina, citrato formol ou de glutaraldeído a 0,25%. Diversos protocolos de coloração podem ser utilizados. O Colégio Brasileiro de Reprodução Animal sugere os métodos de Williams e de Cerovsky. As preparações com câmara úmida em microscopia de contraste de fase ou contraste interferencial não necessitam de corantes, e são as mais indicadas para a avaliação do acrossomo. A microscopia eletrônica permite a observação da ultra estrutra celular Classificações de defeitos Em bovinos, as duas principais classificações de defeitos espermáticos são as de Blom (1950) e Blom (1971). A primeira classifica os defeitos em Anormalidades Primárias, que são os defeitos espermáticos ocorridos durante a espermatogênese, e em Anormalidades Secundárias, aqueles defeitos que ocorrem no espermatozóide já formado, durante o trânsito no epidídimo. São consideradas ainda as alterações ocorridas depois da ejaculação.
Classificação de Blom (1971) A classificação de Blom (1971), em Defeitos Maiores e Menores relaciona os defeitos com a sua importância na fertilidade. Assim, são considerados Defeitos Maiores aquelas anormalidades que têm grande efeito na fertilidade e os Defeitos Menores são considerados de menor importância.
Para saber mais, clique em cada tipo de defeito:
Outros elementos Outros elementos podem ser encontrados na avaliação das características morfológicas do sêmen e deverão ser citados no laudo, tendo sua quantidade expressa como raros, freqüentes ou muito freqüentes. Poderá ser necessária coloração específica para prodecer o diagnóstico diferencial entre alguns tipos celulares. Medusas: originam-se de degenerações testiculares graves, onde um núcleo, de modo geral constituídos por uma célula de linhagem espermatogênica que se desprende do epitélio dos túbulos seminíferos e, na sua passagem pelos ductos eferentes, ricos em células ciliadas, atrai sobre si os cílios perdidos pelas células locais, devido ao processo de descamação provocado pela degeneração. Juntos criam esta forma exótica denominada medusa, as quais são raras e podem ser perfeitamente visualizadas tanto na lâmina corada como nas preparações úmidas. Células Primordiais: são células da linhagem espermatogênica que se desprendem do epitélio germinativo. Geralmente aparecem durante as degenerações testiculares graves. Podem ser facilmente visualizadas em preparações úmidas. Células Gigantes: normalmente são células multinucleadas que se desprendem do epitélio germinativo tendo-se originado da fusão de duas ou mais células da linhagem espermatogênica. São indicativas de degeneração testicular. Leucócitos: são observados nos processos inflamatórios das glândulas anexas, do epidídimo ou dos testículos. Hemácias: revelam hemorragia em alguma parte do sistema genital, que pode ser, inclusive na glande. Esta última hipótese é sempre a mais provável e indica uma lesão no ato da coleta. Células Epiteliais: representam processo de descamação do sistema genital. A presença não tem significado patológico. De modo geral, os outros elementos, num reprodutor sadio, estão ausentes. Sua presença é indicativo da existência de lesão em alguma porção do sistema genital, ficando a critério do andrologista interpretar o significado da presença dessas estruturas. Fonte: Manual para Exame Andrológico e Avaliação de Sêmen Animal. Colégio Brasileiro de Reprodução Animal. 2ª ed., 1998. Veja fotografias de microscópio de espermatozóides com defeito: |