Motilidade espermática > Braços de dineína

A forma ondulada da movimentação flagelar é criada pela atividade motora dos braços de dineína do axonema em conjunto com os diplo-microtúbulos, portanto a fosforilação da dineína axonemal é um ponto de regulação crítico no início da motilidade.

Após a fosforilação, a dineínaATPase é ativada, a hidrólise do ATP é transformada em força, fazendo os diplo-microtúbulos deslizarem uns sobre os outros, o que resulta na geração do movimento flagelar. O processo é revertido pela desfosforilação da dineína. Assim, ocorrem sucessivas uniões e desuniões através da hidrólise do ATP, semelhante ao que ocorre com a troponina na contração muscular.

É importante lembrar que os braços de dineína estão presos a cada um dos outros nove pares de diplomicrotúbulos. Esses braços projetam-se para fora, na direção do diplo-microtúbulo adjacente.

O deslizamento dos diplo-microtúbulos ocorre como resultado de uma interação transitória de um braço de dineína ATP dependente com o diplo-microtúbulos adjacente. Durante essa interação, os braços de dineína geram força entre os diplo-microtúbulos, resultando no deslizar dos microtúbulos adjacentes um no outro. Como o axonema está preso à base da cabeça do espermatozóide, essa força de deslizamento é traduzida no encurvamento do flagelo. Como a dineína produz força em apenas uma direção, a geração de uma ondulação flagelar normal requer que a fosforilação/desfosforilação e a ativação/desativação associada dos braços de dineína ocorra de maneira assíncrona ao redor da circunferência e ao longo do comprimento do axonema.