Motilidade espermática > Rotas bioquímicas Para fornecer ligações de alto nível de energia (ATP) que são necessárias à motilidade, o espermatozóide pode utilizar tanto o metabolismo aeróbico quanto o anaeróbico. Em condições normais, o sêmen possui pelo menos de quatro substâncias, que podem ser utilizadas de modo direto ou indireto como fonte de energia: frutose, sorbitol e glicerilfosforilcolina, que estão presentes no sêmen, e o plasmalogênio, presente no espermatozóide. A frutose é o principal açúcar do sêmen e o espermatozóide realiza a frutólise anaeróbica, produzindo lactato e energia. Quando há déficit de dos substratos energéticos imediatos (frutose, lactato,) os ácidos graxos do plasmalogênio atuam como substratos da respiração do espermatozóide.
Na motilidade espermática de mamíferos, as duas rotas de
sinalização principais são AMPc (monofosfato cíclico
de adenosina) /PK-A (proteína cinase A) e Cálcio (Ca). A atividade da PK-A é dependente da quantidade de AMP cíclico, que por sua vez é regulada pela adenilato ciclase e fosfodiesterase. A ligação do APMc à sub unidade regulatória da PK-A promove a ativação das subunidades catalíticas, que catalisam a fosforilação em resíduos serina/treonina, Poucas proteínas alvo da fosforilação da PK-A foram identificadas no espermatozóide, uma delas é a dineína axonemal. A fosforilação da dineína é um ponto regulatório crítico da motilidade do flagelo. Cálcio
No espermatozóide de mamíferos, o Ca (via calmodulina)
influencia na capacitação, reação acrossômica,
motilidade e hipermotilidade. O Ca pode ter regulação direta na motilidade, através
de uma adenilato ciclase “solúvel”, (ACs), que forma
AMPc para ativar a PK-A. Canais de Ca: Vários canais de Ca foram identificados no espermatozóide. Algumas subunidades foram identificadas na peça principal, indicando que estão relacionados com a motilidade espermática. Estes canais são portas de entrada do Ca no espermatozóide e podem proporcionar diferentes padrões de influxo de Ca em diferentes microdomínios do flagelo.
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