Usos de Videoconferência


Comunicações de Emergência Usando Vídeo e Voz Via IP

O vídeo e voz via tecnologias de IP representam uma oportunidade para fornecer uma forma de comunicação de cópia de segurança efetiva em uma emergência, mas eles trazem também algumas responsabilidades importantes que devem ser inteiramente entendidas anteriormente á sua utilização. Esta seção descreve dois aspectos importantes das comunicações de emergência. O primeiro caso discute as complicações associadas com o uso de telefonia IP para fornecer o serviço E-911. O segundo caso discute o uso de relações de compartilhamento, como o ViDeNet, para criar cópias diversas do caminho das comunicações de emergência.

Serviços E-911 e Telefonia IP

Os serviços de emergência representam um problema real que os campus devem levar em consideração ao empregarem a telefonia IP. É perfeitamente plausível que uma pessoa sensata vendo um dispositivo parecido com um telefone presumiria que poderia acessar o serviço 911 daquele telefone, especialmente em uma emergência. Uma falha nesse assunto poderia causar danos ou a morte de estudantes, professores e funcionários. É essa a responsabilidade que poderia cair sobre a Universidade caso tal evento realmente acontecesse. Qualquer economia de custo associada com a implementação do VoIP provavelmente seria obscurecida pelos custos de um processo. Por favor, observe que esta discussão relaciona-se somente a telefonia IP, porque se espera que telefones de IP sejam razoavelmente capazes de fornecer o mesmo nível de segurança pública dos telefones convencionais, considerando que não se espera o mesmo de soft phones ou aparelhos de vídeo.

A geração atual de sistemas de VoIP não suporta serviços E-911 de uma forma padronizada, o que razoavelmente garante que alguém chamando o 911 do campus poderia receber serviços de emergência. Atualmente, não existe nenhum padrão para processar a localização de informações em sistemas de VoIP. Várias abordagens particulares têm sido utilizadas pela indústria, mas todas possuem sérios obstáculos. Simplesmente documentar a localização do uso dos telefones IP e passar aquelas informações para o Posto de Observação Segurança Pública (PSAP) já seria eficaz, contanto que esses terminais não se movam. É assim que os telefones são associados a endereços físicos na rede PSTN de hoje. Porém, a experiência mostrou que os usuários moverão o equipamento conforme a mudança de suas necessidades e de seus escritórios. A entropia começa imediatamente na implantação e provavelmente se torna estatisticamente significante dentro de alguns meses. Tentar bloquear endereços de hardware de telefonia IP para portas de dados específicas promete ser uma solução, mas esta solução tem um custo operacional para o operador de rede que precisa ser completamente investigado. Além disso, ele obscurece uma das vantagens primárias do VoIP, a mobilidade. Alguns fornecedores de equipamento de rede fornecem comutadores e roteadores que podem ser consultados para revelar a localização física de um endereço de MAC específico, como o endereço MAC de um telefone de IP. Porém, esta solução exige que o campus adquira todos os seus comutadores e roteadores de um fornecedor único. Em geral, a ViDe não recomenda soluções proprietárias que atrelem pessoas a um único fornecedor. Além disso, não parece sábio atar sua escolha de equipamento de rede a uma característica 911, já que existem tantas outras considerações importantes na seleção do transporte de rede. O mais importante, enquanto os endereços de hardware (MAC) forem identificadores convenientes, eles não representam um mecanismo de autenticação real e, deste modo, são vulneráveis à personificação.

Recomendações para Serviços E-911 e Telefonia IP

  1. Não instale telefones de IP até que as questões de segurança sejam completamente resolvidas.


  2. Busque informações do departamento de segurança pública local e do departamento legal da universidade. Em quase todos os casos, os departamentos de Tecnologia de Informação da universidade não têm a autoridade para tomar decisões sobre equipamentos que afetam radicalmente a segurança pública e a exposição de responsabilidades da universidade sem o conhecimento das partes autorizadas.


  3. Exija a revelação meticulosa, detalhada e completa da autenticação, criptografia e tecnologias de segurança empregadas por quaisquer fornecedores ao considerar a utilização do equipamento. Muitas vezes você se surpreenderá com o que vai encontrar.

Usando Relações de Compartilhamento (peering) de IP para Criar Cópias Diversas do Caminho das Comunicações de Emergência

Muitas universidades têm utilizado SIP ou H.323 para voz e vídeo. Isso pode incluir telefones de IP, soft phones, vídeo desktop, sistemas de videoconferência de grupo e tele-sala de aulas. As instituições que também utilizaram gateways de PSTN podem fazer chamadas telefônicas no PSTN através destes terminais. Além disso, muitas instituições concordaram em compartilhar suas redes para permitir que conexões possam ser feitas dos terminais de qualquer uma das redes compartilhadas. A ViDeNet é provavelmente o maior exemplo disso. Pelo fato de estas cadeias estarem compartilhadas, um terminal em uma rede pode fazer uma chamada através da rede de IP para um gateway de PSTN em outra rede, e de lá para o PSTN. Então, por exemplo, se uma universidade em Nova Iorque tem um compartilhamento com uma universidade na Califórnia, os usuários em Nova Iorque podem discar o gateway na Califórnia e fazer chamadas telefônicas que se originam do PSTN na Califórnia. Isto é útil quando, como tem acontecido, o PSTN em uma área se torna indisponível, mas a rede de IP continua funcionando.

Em questão de política, a maioria dos administradores de rede não permitem que usuários de outras redes possam fazer chamadas telefônicas em seus gateways, já que isto poderia gerar contas de telefone altíssimas que o provedor do gateway teria que pagar. Porém, é possível tratar deste assunto de duas formas. A primeira é simplesmente configurar o gateway de forma que ele só permita telefonemas locais e de ligação gratuita. Deste modo, o gateway pode ficar em funcionamento e é gratuito para todos usarem, mas o provedor não incorre em custo adicional. A segunda é implementar a funcionalidade, testá-la e publicar as informações, e, então, desativá-la. As informações de contato podem ser fornecidas no diretório para que no caso de uma emergência o administrador possa ser encontrado e rapidamente habilitar o serviço. A experiência mostrou que a solução é testar os links e publicar os procedimentos antecipadamente, porque em uma emergência real não existe tempo e inclinação para explorar configurações de rede detalhadamente. Outro aspecto que se tornou aparente é que os usuários normalmente sentem-se mais confortáveis com a telefonia IP do que com um soft phone ou dispositivo de videoconferência, porque em uma emergência, eles querem trabalhar com uma interface de usuário simples e familiar. Lembre-se que atualmente não existe autenticação entre domínios e, dessa forma, não existe nenhum modo de identificar um usuário que entra proveniente de outra rede. O compartilhamento de gateways de PSTN cria um ambiente rico para a exploração deste tópico interessante.

Os gráficos seguintes ilustram o modo pelo qual os administradores de zona podem usar o ViDeNet para criar recursos de comunicação de emergência.