Tecnologias Colaborativas Populares
Access Grid
O Access Grid (ou AG) originou-se de um projeto de pesquisa de longo período dirigido pelo Argonne National Labs. Uma breve visão geral do Access Grid é apresentada aqui, maiores detalhes estão disponíveis no site AccessGrid Web (www.accessgrid.org).
O objetivo do esforço do AccessGrid é fornecer um ambiente de colaboração de grupo para grupo avançado, sempre disponível. O site do AccessGrid descreve um nó AG como “um conjunto de recursos incluindo exibições de grandes formatos multimídia, ambientes interativos e de apresentações, e faz interface com o Grid middleware e com ambientes de visualização.” Uma das características diferenciadoras do AG é a sua tentativa de fornecer um rico ambiente de colaboração através do uso de ambientes de exibição com vários projetores, ambientes de captura com múltiplas câmeras e a integração de interação avançada e tecnologias de visualização. Outra característica diferenciadora é que o AG confia intensamente no IP multicast como seu meio de transporte. Isso significa que geralmente não há MCU ou bridge requerida e ele, então, pode suportar um grande número de locais (com o número de locais normalmente limitado pela largura de banda dos locais participantes). Isso também significa que o uso do AG é tipicamente limitado para aqueles locais ligados por redes com multicast habilitado (embora uma capacidade de conectar unicast esteja disponível). Isso resultou no uso expandido de tecnologias AG na comunidade de pesquisa acadêmica, normalmente conectada por redes de pesquisa com multicast habilitado, com o uso da industria e instalações ascendendo firmemente. Embora a tecnologia venha das comunidades de pesquisa, ela atingiu um nível de maturidade tal que as companhias que fornecem a instalação e o suporte de serviços AG realmente existem. O site do AccessGrid relata que há mais de 150 institutos no mundo que tem desenvolvido as tecnologias AG, alguns institutos tendo múltiplos nós AG. O AG não suporta gateways dentro de outros sistemas tais como H.323, H.320, VRVS e similares, embora essas funções possam ser alcançadas por projetos associados.
As salas usadas para as reuniões do AG são as mesmas de uma videoconferência de alta tecnologia e, desse modo, as salas podem ser usadas para apoiar atividades de AG, assim como atividades H.323. Uma sala “padrão” de AG (ou nó) fornece um amplo sistema de exibição de imagens, com capacidade de 3000x1000 pixels. Normalmente, isso é alcançado usando múltiplos projetores de dados. Um sistema de cancelamento de eco é usado para conectar múltiplos microfones em uma sala e fornecer um sinal de áudio claro para o codificador. Múltiplas câmeras em um local são suportadas simultaneamente – para que qualquer local possa transmitir quantos fluxos forem necessários. Um dos principais objetivos do AG é fornecer um ambiente de colaboração mais rico e persuasivo do que aquele alcançado pelo o ambiente de “cabeças falantes” que geralmente é encontrado em outros tipos de sistemas que somente suportam um fluxo de vídeo baseado em usuário por local (como o H.323). Entretanto, muitos fluxos saíndo significam que o uso de largura de banda aumenta proporcionalmente com o número de locais envolvidos. Por exemplo, 25 locais, cada um enviando 4 fluxos de vídeo resulta em cada local recebendo 100 fluxos, com a largura de banda repleta de transmissão. Mesmo usando os mesmos codecs de vídeo como no H.323 (por exemplo, H.261) com somente 256Kbps a largura de banda rapidamente ultrapassa 30Mbps. Embora essas exigências de largura de banda sejam elevadas para um usuário comum de videoconferência, são essas capacidades avançadas que são a força de direção por trás do desenvolvimento do AG.
Um nó AG completo normalmente usa em qualquer lugar de 2 a 4 computadores dedicados do modelo mais usual de PC, executando tanto Windows como Linux. Nós de máquinas únicas que fornecem uma interface pessoal ao ambiente do AG existem e estão começando a ser usados amplamente. Placas de captura de padrões de áudio e vídeo são usadas para viabilisar capturas de áudio e vídeo. A comunidade AG fornece um manual e uma lista de hardware e software recomendados para aqueles interessados em construir um nó AG, e realmente há companhias que fornecem implementação, instalação e suporte para as tecnologias AG. Pelo fato da tecnologia envolvida em um nó AG ser bastante complexa, a maioria dos nós AGs de escalas completas são salas gerenciadas que possuem suporte pessoal para executá-las.
O projeto AccessGrid é um projeto de fonte aberta que está sendo coordenado e dirigido pelo Argonne National Lab. Recentemente, ele passou para a sua segunda geração de desenvolvimento com o lançamento do AccessGrid Toolkit 2.0 (AG 2.0) em abril de 2003. Há diferenças significantes entre o AG 1.0 e o AG 2.0. O AG 1.0 foi um sistema compacto que determinou (através de uma forte recomendação) o hardware e software que foi usado para construir um nó AG “padrão”. Isso é tanto uma força como uma fraqueza. A natureza compacta do AG 1.0 assegurou que todos os nós AG eram compatíveis e é uma das principais razões pela qual o AG 1.0 foi bem sucedido na sua adoção. Embora construir um nó fosse caro, uma vez que eles estivesse construído o usuário estava relativamente seguro que qualquer reunião com AG que acontecesse funcionaria com qualquer outro local AG. Isso conduziu à distribuição relativamente rápida do desenvolvimento do AG 1.0 em um número de locais de pesquisa acadêmica. Essa natureza distintiva de ter múltiplas superfícies de projeções e múltiplas câmeras de captura em cada local levou o AG a ser amplamente adotado como uma tecnologia de colaboração de último tipo. O problema com a abordagem compacta do AG 1.0 é que não é muito extensível. Os serviços de colaboração que não são diretamente suportados pelo AG 1.0 são difíceis e complicados de usar, já que eles não são parte da infra-estrutura principal.
O AG 2.0 tentou solucionar esse problema. O AG 2.0 é baseado em um serviço modelo, onde os serviços de colaboração podem ser adicionados a ambientes de colaboração com flexibilidade e mais facilmente. Os principais conceitos por trás do AG 1.0 ainda são suportados, e todas as principais ferramentas do AG 1.0 são empacotadas como serviços do AG 2.0. A arquitetura do AG 2.0 torna relativamente fácil a adição de serviços de colaboração suportados à sessão (ou local) de colaboração. Essa nova arquitetura alavanca as lições e experiências do AG 1.0 para fornecer uma ambiente de colaboração mais flexível e extensível enquanto mantém o núcleo da arquitetura do AG para fornecer o ambiente robusto do AG. O AG 2.0 tem sido explorado ativamente por uma significante porcentagem da comunidade AG.
A experiência do AG é muito diferente e pode ser válida para diversas aplicações de videoconferência. Em particular, a colaboração de grupo para grupo rica e interativaé o setor onde o AG se sobressai, tentando sair do ambiente das “cabeças falantes” que é normalmente o principal ambiente de colaboração. Enquanto o AccessGrid ainda está no estágio de pesquisa e não tem o refinamento comercial da maioria dos produtos H.323, ele fornece uma experiência de colaboração muito atrativa, especialmente quando o número de locais envolvidos aumentam um bocado. Eventos com 100 locais têm sido mantidos – com um capaz de ver todos os outros locais ao mesmo tempo. [Todos com somente 2 olhos!!!] Isso é drasticamente diferente de cascatas MCU de larga escala em H.323, onde um está ciente de que há muitos locais conectados, mas você somente pode ver alguns de cada vez. Se os ambientes H.323 de “cabeças falantes” se sentirem limitados, o AccessGrid certamente é válido se considerado como uma solução de colaboração.