Componentes avançados e administração


Questões quanto ao desenvolvimento no campus

Embora o uso de H.323 no ensino superior seja crescente, está longe de ser sistematicamente e ubiqüitariamente desenvolvido. O H.323 dá uma maior autonomia ao usuário final do que a videoconferência com o H.320, e a tecnologia não é extremamente cara, mas estes mesmos atributos fazem da necessidade de um desenvolvimento coordenado e judicioso algo ainda mais essencial. As compras típicas feitas por faculdades e pesquisadores é mais provável que se limitem á terminais/clientes, deixando a provisão de serviços de MCU/Gatekeeper para a organização de TI central no campus, ou para um provedor de serviço externo. Embora de modo algum exaustivo, os assuntos e perguntas seguintes são alguns das mais críticos que precisam ser tratados em um plano de desenvolvimento de campus para H.323. Outros, como segurança e assuntos relacionados à rede, são discutidos em outro lugar neste Livro de receitas. O significado e o âmbito de muitos destes assuntos se tornaram aparentes no projeto ViDe Large Scale Video Network Prototype (Protótipo de Rede de Vídeo em Larga Escala de Grande da ViDe) Enquanto este projeto não está mais ativo, o Relatório Final está disponível on-line.

Coordenação e Administração de Zonas de Servidor de Chamada Locais

A função de servidor de chamada é crítica para o administração da chamada como também a provisão de serviços de H.323 avançado (por exemplo, chamada multiponto, envio de chamada, transferência de chamada, conexões de portal para terminais que não são H.323.) De acordo com o padrão, se um servidor de chamada está presente em uma LAN, os clientes devem ser registrados com o servidor de chamada. Além disso, os servidores de chamadas em sites diferentes devem ser capazes de localizar um ao outro para habilitar a comunicação assistida pelo gatekeeper entre domínios. É necessária alguma administração centralizada no estabelecimento e operação de gatekeepers locais a fim de evitar a presença de gatekeepers múltiplos e gatekeepers contraditórios em uma LAN única e para se coordenar confiavelmente com gatekeepers em outros sites.

Coordenação e Administração de Zonas de Servidor de chamada entre domínios

As implementações atuais de gatekeeper de H.323 não têm um meio eficiente de descobrir outros gatekeepers a fim de executar pedidos de chamada para terminais que estão fora de zona. A maioria conta com o envio de mensagens de broadcast via rede ou com a manutenção de tabelas internas que contêm informações necessárias sobre outros gatekeepers conhecidos (semelhantes às tabelas do computador central na Internet antes da existência do DNS (Domain Name Service: serviço de nomes de domínio, serviço na Internet que traduz nomes de domínio em endereços numéricos na Internet), ou tabelas "next hop” ( um dos muitos nós de uma rede de computadores através dos quais uma mensagem é transferida de um ponto a outro em um roteador.) Nenhum destes métodos podem se ajustar para habilitar o desenvolvimento de H.323 global. Até o padrão de H.323 evoluir para tratar este problema, a comunidade interessada precisa desenvolver e colaborar contornando o problema que pode realizar o propósito imediato da discagem entre domínios enquanto também elucida como isto poderia ou deveria acontecer no futuro.

Um dos exemplos mais bem conhecidos de colaboração nesta área é a ViDeNet (http://www.vide.net) . A partir do primeiro trimestre de 2002, a ViDeNet está habilitando mais de 100 zonas de gatekeepers individuais de muitas instituições separadas para interoperarem uma com a outra, abordando a comunicação de H.323 entre domínios “sem costura”. O esquema de discagem e mecanismos de descoberta na ViDeNet formam também a base do ambiente de R&E colaborativo nacional recentemente formado, a Internet2 Commons (http://commons.internet2.edu/). Como a presença e a capacidade do H.323 continuam a crescer, aqueles que estão desenvolvendo o H.323 para suas organizações precisam ficar cientes de esforços como estes e alinhar seu serviço de H.323 com eles para habilitar a maior escala de comunicação possível para seus usuários.

Administração e Coordenação de Diretórios

As chamadas de H.323 em uma implementação inicial ou básica são freqüentemente baseadas na discagem do endereço de IP do terminal. Se as chamadas são suportadas deste modo, existe uma necessidade óbvia de publicar pelo menos os nomes (ou descrições) de terminais disponíveis junto com seu IP e a atribuição do gatekeeper para habilitar a comunicação além da comunidade de terminais que qualquer dado usuário possa já conhecer. Além disso, em implementações como a ViDeNet e os Commons mencionados acima, pode haver nomes alternativos adicionais ou esquema de discagem sugerido em uso para tornar o ato de fazer chamadas mais fácil para o usuário. Naquele caso, os nomes alternativos ou série de caracteres da discagem precisariam ser também publicados para cada terminal disponível. Em ambos os casos, a existência de um diretório preciso de usuários e de fácil manutenção ligados aos seus "atributos de chamada" é altamente desejável.

Não é inconcebível que um usuário final possa ter um computador, um telefone de Voz via IP, uma unidade de conferência desktop H.323 e um telefone celular associado aos seus/suas personagens/características no campus. Manter um equilíbrio entre uma interface para usuário simples e amigável e uma coleção diversa de dispositivos associados é um desafio que está rapidamente emergindo. Idealmente os usuários gostariam de ter uma facilidade para lembrar de identificadores únicos (por exemplo "jsmith@univanywhere" que inteligentemente permite que ele/ela possa se conectar “sem costuras” a um pedido de comunicação que está entrando usando o dispositivo apropriado. Os campus estão se esforçando/lutando para desenvolver diretórios de campus e planos de discagem que possam associar identidades e dispositivos e em alguns casos integrar tecnologias legadas (telefones analógicos, terminais ISDN). Em algum ponto no futuro, núcleo da personalização de software que oferece serviços de identificação e autenticação e interconexão entre diretórios (um "diretório de diretórios") ajudará a implementar este necessidade de um modo seguro e automatizado. Até então, aqueles serviços de desenvolvimento de H.323 para suas instituições precisarão manter e coordenar manualmente tais informações. O grupo de trabalho VidMid-VC do ViDe concentra-se em promover o desenvolvimento de middleware (personalização de software) para vídeo digital e áreas relacionadas (http://middleware.internet2.edu/video/).

Programando Apoio para Serviços de H.323 Especializados

Componentes que suportam serviços especializados de H.323, tais como MCUs e portais, são freqüentemente um artigo limitado e compartilhado em uma rede de H.323. A fim de usar estes serviços mais eficazmente, os provedores de serviço de H.323 podem precisar habilitar um mecanismo de sincronização para tais serviços, assegurando que eles estejam disponíveis quando os usuários precisarem deles. (A alternativa para isto, claro, está em uma provisão extra do serviço, desde que exista alguma tolerância para um grau alto de tempo inativo em troca de disponibilidade do serviço durante horários de pico.) Muitos destes componentes hoje não têm sincronização embutida ou não podem ter mecanismos de sincronização que se ajustam bem com o âmbito ou todas as metas de uso compartilhado (particularmente uso compartilhado interinstitucional.) Uma solução ideal pode exigir integração com serviços de diretório do campus como também um espaço no campus /instrumentos sincronizadores. Dependendo do modelo de retorno de custo para fornecer serviços de H.323 tendo um meio de localizar conferências e registros detalhados pode de chamadas associadas podem precisar ser levadas em consideração também. As soluções de terceiros estão disponíveis em vários fornecedores (First Virtual Communications, TODD Video Network Management, Inc., RADVision, Polycom e Magicsoft) As organizações precisarão pesar os custos de compra de softwares padrão, recrutar uma solução não automatizada ou desenvolver uma solução personalizada feita em casa. Duas sessões na conferência ViDe 2003 concentraram-se em software de sincronização. Esta apresentação de Power Point narra por que a Northwestern University escolheu desenvolver sua própria solução (http://www.vide.net/conferences/spr2003/presentations/day_two/larry_amiot/ scheduling_videoconferences.ppt)

Provisão de Tecnologias Assistivas

Deve-se considerar se um MCU ativado por voz suportará todos os usos no campus, ou será necessário um MCU com características de presença contínua para os nossos surdos e mudos, constituintes com necessidades especiais, por exemplo? Existem outras instâncias de necessidades especiais no campus que deveriam ser tratadas?

Suporte técnico

A provisão deve ser feita no mesmo nível de apoio técnico, resolução de problemas, recomendação à cliente, instalação e desenvolvimento como com qualquer tecnologia de produção. Isto é provavelmente o único fator maior de custo no desenvolvimento de serviços de H.323 já que existem muitos aspectos quanto ao que pode precisar ser fornecido. Os requisitos de suporte pró-ativo, como treinamento, bem como a extensão de conhecimento necessário ao helpdesk (local destinado à assistência e consulta a clientes de uma empresa ) pode ser especialmente denso porque a videoconferência representa um conceito mais novo no uso do computador do que a maioria dos indivíduos e organizações de TI estão acostumados. Se as oportunidades para colaboração nacional e global são um componente importante do serviço, providências devem ser tomadas para fornecer pessoal fora do horário comercial normal. Uma proporção usuário/pessoal de suporte muito baixa é particularmente melhor nos estágios iniciais do desenvolvimento.

Modelos de custo

Já que a videoconferência via rede de dados (IP) é um serviço um pouco híbrido entre tecnologia de informações e serviços de telecomunicações tradicionais, escolher entre um modelo de custo charge-back (o valor da transação é debitado do vendedor, mesmo que ele já tenha recebido o valor) e um modelo de serviço financiado centralmente pode se tornar um problema. Os custos operacionais prováveis que ocorrerão ao estabelecer e manter uma rede de H.323 são evidentes ao longo das seções acima. Custos operacionais à parte, porém, o potencial para integrar a rede de telefone com uma rede de H.323 terá obviamente o efeito de reduzir o fluxo de consolidação de dívida flutuante associada com serviços de telefone tradicionais em um campus. Este assunto, é desnecessário dizer, é controverso, e exige consideração cuidadosa. Está sendo também até mais ardentemente debatido com relação a voz via IP (VoIP). Se modelos de custo inconstantes se tornam um impedimento para o desenvolvimento de H.323 gerenciável ou em larga escala, os responsáveis por tais desenvolvimentos provavelmente encontrarão estudos úteis de implementações de VoIP para ajudá-los a achar caminhos para transpor estas questões.