Usos de Videoconferência
Laboratórios Remotos
Duas forças combinadas estão ajudando a fazer dos laboratórios remotos uma realidade. Primeiro, há a sempre crescente tecnologia, tanto do lado dos terminais como da infra-estrutura da rede. Depois, há o aperto dos orçamentos junto com o aumento do custo dos grandes instrumentos e equipamentos de laboratório. Uma outra área em que a videoconferência vem se expandindo é a de fornecer uma via para pesquisadores compartilharem, por exemplo, um microscópio eletrônico de varredura usando uma infra-estrutura de rede já existente (e mais barata). O nome dessas extensões da videoconferência são geralmente referidos como “Laboratórios Remotos” e “Colaboratórios”.
Os Laboratórios Remotos realmente permitem que os cientistas “façam ciência juntos” através de grandes distâncias. A videoconferência permite aos cientistas discutirem seus projetos, ensinar e aprender uns com os outros e mesmo dar sugestões sobre coisas como idéias mais avançadas de pesquisa. Mas os Laboratórios Remotos realmente trazem videoconferência, colaboração de dados e controle remoto de instrumentos para as configurações de laboratório, fornecendo uma via para os cientistas planejarem juntos, trabalharem juntos, com todos tendo acesso aos dados, aos instrumentos e a documentação que é gerada pelo esforço de qualquer cientista.
Os Laboratórios Remotos são maiores do que “só” as videoconferências. Eles abrangem todas a maneira de interação de um grupo. E já qeu a maioria dessa interação será mediada pela tecnologia, considerações especiais são necessárias para integrar os modos de interação em coesivo, produtivo e integral. Alguns dos elementos de tecnologias de um colaboratório são aplicações Intranet de compartilhamento de espaço (com ambientes de colaboração de dados em tempo real, mas sempre persistente), videoconferências (tanto dentro do espaço compartilhado ou aumentando-o) e interfaces especiais de software e hardware que permitam o controle dos instrumentos (coisa como discadores, medidores e janelas de resposta). Esses estão no topo das tecnologias de interação de um escritório regular, tais como telefonia, mensagens eletrônicas, grupos programados e softwares de chat de texto.
Como um exemplo, digamos que nós gostaríamos de criar um laboratório remoto de óptica avançada, como aqueles de achados em sistemas digitais. Tal laboratório conduz pesquisas para uma integração mais eficiente de óptica e microeletrônica. Engenheiros distribuídos pelo país (e pelo mundo) poderiam investigar como a óptica pode ser melhor utilizada para aumentar a capacidade de alta performance dos sistemas digitais e trabalharia próxima com a indústria para trazer o conhecimento resultante para o objetivo final. Uma pequena equipe central em um local principal interagiria com uma rede geograficamente distribuída de parceiros tirados dos laboratórios e universidades nacionais. Os laboratórios parceiros agiriam como uma fonte de tecnologias específicas e reservatório de opiniões e capacidades especializadas, enquanto o componente núcleo iria responsabilizar-se por atividades genéricas à aplicação.
A natureza geograficamente distribuída dessa estrutura propõe desafios significantes para a operação eficiente, especialmente a colaboração fechada que será requerida entre o núcleo central e os pesquisadores dos laboratórios parceiros para incorporar novas tecnologias aos sistemas de trabalho. As funções operacionais de tal organização podem ser categorizadas e descritas como:
Deve ser dito que Ambientes Colaborativos são mais complexos do que videoconferências. Visto que as aplicações dos terminais são muitas e que elas terão que interfacear com outras aplicações e sistemas, é importante ser flexível no design e na implementação das fases de tal projeto. Experimentar (com algumas peças do sistema) e, então, integrar (com mais tentativas do que compra de softwares em circulação/pacotes de hardware) te mantém flexível e permite a você entender as peças do quebra-cabeça separadamente ao invés de complicações tecnológicas. Os colaboratórios implicam em um grande relacionamento entre os colegas de trabalho. A presença virtual e a consciência são essenciais para fornecer aos participantes a sensação de estarem pertencendo ao grupo. O Access Grids e o Virtual Room Videoconferencing System são duas abordagens que acomodam presenças contínuas múltiplas dentro de um espaço de reunião virtual.
Os laboratórios distantes exigem que cada participante saiba o que está acontecendo, o que é umas das partes mais difíceis da comunicação mediada pela tecnologia. "O que está acontecendo quando eu não estou lá?" "Qual é o sentimento geral no escritório?" "O que está acontecendo?" O objetivo maior de tal sistema é a "presença virtual" para que, por exemplo, quando os participantes de laboratórios distantes cheguem ao trabalho, eles possam visitar e acompanhar o desenvolvimento de seus colegas distantes. Eles fariam como seu e-mail, pegam um café e planejam seu dia. A possibilidade de ver quem está on-line, quem está no laboratório, e obter maiores informações sobre o que eles estão fazendo (e como está indo) vai além de dar vida a um laboratório distante. Os problemas sobre como fazer isso são significativos. É uma grande tarefa fazer com que as pessoas façam o registro de entrada e de saída, mas isto pode ser manipulado por algum tipo de groupware (software para Grupos de Trabalho) ou pacotes de software de espaço compartilhado. É uma tarefa ainda mais considerável conseguir que as pessoas atualizem as meta-informações sobre seus projetos e atividades mais de uma vez por semana. Existem também as insinuações como “o sistema está de olho em você” num sistema onde outros podem ligar-se remotamente a um sistema de videoconferência pessoal de um colaborador.
Em resumo, hoje não existe nenhum jeito fácil estabelecido para fornecer instalações para laboratórios distantes, tanto rotineiros quanto personalizados. Existem muitas questões técnicas e sociais a serem tratadas. Mas a recompensa para tal sistema pode ser tremenda - laboratórios distantes podem habilitar cientistas de maneiras que eram inconcebíveis há alguns anos atrás.
O NEESGRID é um colaborativo ativo de pesquisadores de terremoto pelos EUA que compartilham equipamentos e recursos e cooperam em pesquisa, planejamento e administração de experiências, compartilhando dados e publicando seus resultados. (http://www.neesgrid.org/) Visitas virtuais são bem-vindas no site da Argonne National Laboratory's Telepresence Microscopy (http://tpm.amc.anl.gov/TPMLVideo.html).