A experiência de Galileo

Levantada a dúvida, Galileu se perguntou: que caminho deve ser seguido para saber se, de fato, um corpo mais pesado cai mais rápido?

Uma resposta foi dada pelos gregos: razão baseada nas propriedades conhecidas. Mas Galileu pensou que poderia muito bem acontecer que uma propriedade ainda desconhecida causasse um raciocínio com dados incompletos e, com qualquer raciocínio feito com dados incompletos, existe o perigo, logicamente correto, de chegar a conclusões errôneas.

Com essas considerações, a resposta de Galileu foi: raciocinar com base em propriedades conhecidas e submeter as conclusões de uma razão para uma experiência.
Por que o Galileo adicionou experimentação? Duas coisas podem acontecer:

1) Que os resultados da experiência e as conclusões do raciocínio estejam de acordo. Então, uma verdade científica foi obtida.

2) Não concordo. Se a experiência for bem-sucedida e o raciocínio estiver correto, só se pode admitir que uma informação é desconhecida. Então, você tem que procurar.

 E Galileu decidiu aplicar seu método:

Raciocínio Galileu

Imagine dois corpos de diferentes pesos: A pesa 10 kg e B pesa 2 kg. Vamos admitir por um momento que A cai mais rápido que B.

Se agora os amarrarmos com um fio, formaremos um corpo AB com peso maior que o de A e o de B.

Vamos largar o corpo AB. Como antes admitimos que A cai mais rápido, agora que está sujeito a B, atrasará sua queda.

Por outro lado, como B está sujeito a A, sua queda será agora mais rápida. Então, o corpo AB cai com uma velocidade intermediária entre a de A e a de B.

Mas aqui encontramos o absurdo de que agora um corpo mais pesado (o AB) cai com menos velocidade que outro mais leviano (o A).

CONCLUSÃO:
Todos os corpos devem cair na mesma velocidade quando caem da mesma altura.

 Como vemos, a conclusão a que o raciocínio de Galileu leva é oposta à obtida pelo raciocínio como os gregos.

Qual é a verdade? Foi aqui que Galileu aplicou a segunda parte de seu método para descobrir a verdade: experimentação.