1.2. Informática na Educação

Informática na educação significa aplicar as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) nas
práticas pedagógicas, ampliando os espaços de ensino e aprendizagem. Porém, também faz-se necessário que o professor proporcione condições favoráveis à construção do conhecimento e à reflexão sobre esse processo. Isso significa que não basta colocar o aluno em contato com a tecnologia, pois o simples acesso às TICs não garante a aprendizagem.
É importante que o professor planeje sua prática e que essa contemple a exploração de diferentes fontes de pesquisa, privilegiando a reflexão, a construção, a autoria, a participação, a comunicação, a troca de ideias e o trabalho coletivo. Sem um planejamento para a inclusão das TICs na educação, pode-se reproduzir uma prática calcada na mera transmissão e reprodução de conteúdos.
Assista ao
vídeo que apresenta essa situação
Outro aspecto importante a ser considerado é a preocupação que o professor deve ter sobre seu conhecimento acerca das TIC's, afinal, para propor uma prática permeada pelas tecnologias e que utilize todo o potencial que elas oferecem, é necessário, antes de tudo, conhecê-las de fato. O professor precisa ser um permanente pesquisador para poder articular os recursos tecnológicos com a prática educacional, fazendo do
laboratório de informática uma extensão das ações desenvolvidas em sala de aula. Vale destacar que os recursos tecnológicos não se resumem à conexão com a internet. Diferentes programas, aliados à criatividade, podem resultar em excelentes práticas educacionais.
Leia o texto
"O trabalho do professor e as novas tecnologias".
Curiosidade O primeiro projeto brasileiro oficial de Informática na Educação foi o EDUCOM, o qual iniciou em 1983. A ação foi uma parceria entre o MEC, Conselho Nacional de Pesquisas - CNPq e Secretaria Especial de Informática da Presidência da República - SEI/PR.
Saiba mais sobre o Projeto Educom .
Você já leu Jean Piaget? 
Jean Piaget (*1896 + 1980) foi um importante epistemólogo suíço e, em seus estudos, buscou os mecanismos do desenvolvimento cognitivo humano.
De acordo com esse autor, o desenvolvimento da inteligência é uma criação contínua, caracterizado
pela construção de estruturas totalmente novas
, ou pelo menos refeitas
, em função das novidades. Essa construção se dá através das relações de troca entre o sujeito e os objetos de conhecimento, que podem ser elementos físicos (concretos), outros sujeitos (relações sociais) ou ainda virtuais, que se constituem em pensamento e não são observáveis.
Para os educadores, a sua principal contribuição está na possibilidade de compreender as ações dos alunos na sala de aula e trabalhar a partir delas, ampliando os objetos de conhecimento e as possibilidades de relações. O papel do professor, nesse sentido, está na possibilidade de contrapor hipóteses e ajudar as crianças a solucionar conflitos cognitivos, que poderão resultar na construção efetiva de conhecimento, ao invés da mera memorização das informações.
Para saber mais:
COLÓQUIO INTERNACIONAL DE EPISTEMOLOGIA GENÉTICA, 1º. Anais... 2009. Acesso em: 15 maio 2010.
LAJONQUIÈRE, Leandro de. Piaget: notas para uma teoria construtivista da inteligência. Psicol., São Paulo, USP, v. 8, n. 1, 1997. Acesso em: 03 maio 2010.
SLOMP, Paulo Francisco. Psicologia da Educação [blog]. Acesso em: 10 maio 2010.