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Radiações ionizantes e não ionizantes

Radiação ionizante

Radiação ionizante é um tipo de radiação que possui energia suficiente para remover elétrons dos átomos ou moléculas, resultando na ionização dos mesmos. Essa radiação é composta por partículas carregadas, como partículas alfa e beta, ou por radiação eletromagnética de alta energia, como raios X e raios gama.

Radiação ionizante e não ionizante

Os riscos associados à radiação ionizante estão relacionados principalmente à sua capacidade de ionizar átomos e danificar tecidos vivos. Os efeitos biológicos da radiação ionizante dependem da dose absorvida, que é a quantidade de energia depositada nos tecidos do corpo. Os principais riscos são:

Efeitos determinísticos: São efeitos que ocorrem quando uma pessoa é exposta a altas doses de radiação ionizante. Esses efeitos têm uma relação direta com a dose absorvida, ou seja, quanto maior a dose, maior a probabilidade de ocorrerem. Exemplos de efeitos determinísticos incluem queimaduras na pele, queda de cabelo, danos ao sistema gastrointestinal e diminuição da função da medula óssea. Esses efeitos geralmente ocorrem acima de um certo limiar de dose.

Efeitos estocásticos: São efeitos que ocorrem de forma aleatória e não têm um limiar de dose específico. Eles estão relacionados ao risco de desenvolver câncer e mutações genéticas. A exposição à radiação ionizante aumenta o risco desses efeitos, mas não garante sua ocorrência. Quanto maior a dose, maior a probabilidade estatística de desenvolver esses efeitos, mas mesmo exposições de baixa dose podem contribuir para o risco ao longo do tempo.

É importante ressaltar que a medicina diagnóstica utiliza radiações ionizantes em alguns exames, como radiografias e tomografias. No entanto, os benefícios desses exames geralmente superam os riscos potenciais, especialmente quando são realizados de forma criteriosa, com doses otimizadas e justificadas por profissionais de saúde. As diretrizes e protocolos são estabelecidos para garantir a segurança dos pacientes e minimizar a exposição à radiação ionizante, mantendo o equilíbrio entre os benefícios diagnósticos e os riscos associados.

Origem da radiação ionizante

A radiação ionizante é um tipo de radiação que possui energia suficiente para remover elétrons dos átomos, tornando-os eletricamente carregados (íons). Essa radiação pode ser proveniente de diversas fontes naturais e artificiais. Vamos abordar algumas das principais origens da radiação ionizante:

Fontes naturais:

Radiação cósmica: Provém do espaço sideral (sol e estrelas) e é composta principalmente por partículas de alta energia, como prótons e nêutrons, que interagem com a atmosfera terrestre, produzindo radiação secundária. A quantidade de radiação cósmica varia nas diferentes partes do mundo, em função da altitude e de efeitos do campo magnético da terra.

Radiação cósmica

Radiação terrestre: A radiação emitida por elementos radioativos presentes naturalmente na crosta terrestre, como urânio, tório e radônio. Este material radioativo é encontrado no solo, na água e na vegetação. Material radioativo é ingerido com a alimentação e a água. O gás radônio, um produto do decaimento do urânio é inspirado. A quantidade de radiação terrestre varia em diferentes partes do mundo devido a diferenças na concentração de urânio e tório no solo. 

Radiação interna: Radiação originada dentro do próprio corpo humano, resultante da atividade natural de elementos radioativos presentes em nosso organismo. Além do radônio, o elemento radioativo interno mais importante é o potassio-40 mas o urânio e o tório também estão presentes.

Radiação natural

Fontes artificiais:

Radioterapia: É uma forma de tratamento médico que utiliza feixes de radiação ionizante para destruir ou danificar células cancerígenas.

Radioterapia

Radiografias e tomografias: Exames médicos de imagem que usam radiação ionizante para criar imagens detalhadas do interior do corpo.

RadiografiaTomografia computadorizada

Fontes radioativas industriais: São usadas em diversas aplicações, como testes não destrutivos, controle de qualidade e esterilização de materiais.

Equipamento para teste industrial radioativo

Usinas nucleares: Produzem energia através de reações nucleares, liberando radiação ionizante durante o processo.

Usina nuclear

É importante ressaltar que a radiação ionizante possui a capacidade de ionizar moléculas e átomos, o que pode ser útil em várias aplicações, mas também representa um risco potencial à saúde. A exposição excessiva à radiação ionizante pode danificar células e tecidos do corpo humano, aumentando o risco de mutações genéticas e o desenvolvimento de doenças, como câncer.

Por esse motivo, o uso da radiação ionizante é estritamente regulamentado em diversas áreas, como medicina, indústria e energia nuclear, visando garantir a segurança das pessoas envolvidas e minimizar os riscos à saúde pública. As medidas de proteção radiológica incluem o uso de equipamentos adequados, monitoramento da exposição à radiação e a adoção de práticas seguras para reduzir ao máximo os efeitos adversos da radiação ionizante.
 

 
 
 

 

Geração da radiação ionizante

Para conhecer mais sobre as possíveis origens da radiação ionizante acessar o tutorial Biofísica e Física Médica que explicará os conceitos de:

Radiação

Radiação

Ionização

Ionização

Radiação ionizante

Radiação ionizante

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