O
inatismo, segundo o próprio Noam Chomsky
(1965), seria a capacidade inata que o indivíduo tem para adquirir a
linguagem através do LAD
Ao contrário da época de seus contemporâneos e de Freud, Chomsky já tem uma visão computacional, matemático-cognitiva da informação, e cerebral (modular) do problema do aprendizado, performance e competência. Assim sendo, Chomsky tem a vantagem de dispor, desde cedo, de algumas evidências da relevância das ciências de cérebro e inteligência artificial em seu favor. Chomsky defende a tese da existência de um processo inato de maturação (curiosamente à semelhança do jovem Freud) em que o que descrevemos como aprendizado nada mais é que a instanciação, com inputs ambientais, de estruturas cognitivas inatas, como o "órgão da linguagem". Para Chomsky, pois, não tem sentido em falar-se de aprendizagem da mesma forma em que não há sentido em falar do crescimento de um braço ou do desenvolvimento da visão em crianças, como sendo "aprendizagem", i.e., algo "conquistado" com a contribuição de especificidades terminais do ambiente. O ambiente é necessário, apenas, para oferecer, em raros períodos críticos, a quantidade mínima básica de inputs para gerar um desenvolvimento pré-programada no sujeito. O meio não condiciona (como queria Skinner) e não enriquece qualquer interface, na medida em que todo o aprendizado se resume a um programa de maturação "permitido" pela presença ou não de inputs do meio.
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