O método psicanalítico de Sigmund Freud, consistia em estabelecer relações entre tudo aquilo que o paciente lhe mostrava, desde conversas, comentários feitos por ele, até os mais diversos sinais dados do "inconsciente". A partir desse método que, supostamente, não se confundia com subjetivismo nem ilusão, a verdade objetiva sob o manto dos sonhos do paciente era suposta de forma certeira pela teoria do entrevistador (o próprio Freud) e se garantia aí uma subsumida teoria implícita de aprendizado.

Diversas organizações de médicos e psiquiatras, e mesmo de leigos, dizem representar a psicanálise, incluindo a conhecida Sociedade Brasileira de PsicanáliseFiliada a famosa API, Sociedade Psicanalítica de Viena, criada pelo própio Freud.

Essa teoria tinha raízes antigas no senso-comum judaico-cristão do Ocidente e nas especulações neurocientíficas da época, como a frenologia (vide animação ao lado) assim como no Mesmerismo e magnetismo animal (hipnose), na filosofia positivista da época e, paradoxalmente, na literatura romântica alemã, e antropologia da época. A partir de sua teoria dos estágios da celebrada fixação parcial, maior ou menor, da libido no “passado” psicossexual da criança, Freud acreditava que os aprendizados mais radicais e estruturantes da vida individual seriam alicerçados no que chamou de pulsão ("trieb"), uma conflitiva infantil irredutível a puro instinto, nem explicável a luz de simples condicionamentos sociais e educacionais.

Para Freud, pois, o aprendizado surge e se impõe fundamentalmente a partir do trauma de infância, de conflitos afetivos não elaborados ou mal elaborados, e de relações sociais e intrafamiliares infantis incapazes de conduzir à superação narcísica natural da criança.

Para Freud, pois, condicionamentos sociais, educação formal, processos cognitivos mentais universais como os propostos por Piaget, ou mera presença de valores e esquemas sociais através da linguagem compartilhada, não são capazes de explicar adequadamente os comportamentos e a existência individual. Assim como não são capazes de explicar a variabilidade individual, nem capazes de curar doenças e resolver problemas, como a neurose.