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Etapa 1
Etapa 1: Conceitos
 

14. Sintese

Neste tópico, tratamos da conceituação da convergência das mídias e estabelecemos algumas relações importantes entre o desenvolvimento tecnológico e a vida cotidiana nesse mundo digital. Destacamos a capacidade convergente dos dispositivos digitais e a integração das mídias como um modo dinâmico de atuar frente ao conhecimento, à informação e à comunicação. Nossa ênfase, porém, é em torno da interatividade e das possibilidades de, a partir desta, abrir espaços para a construção em conjunto, a recombinação e a modificação de conteúdos, favorecidas pela hipermídiaHipermídia é a tecnologia que engloba várias mídias (textos, vídeos, sons, imagens estáticas ou em movimento, softwares, etc.) e que permite ao usuário acessar esses documentos a partir de links (ou elos) que acionam outros documentos e assim sucessivamente. Resulta, basicamente, da convergência dos conceitos de hipertexto e multimídia, mas vai muito além ao englobar os processos comunicativos e as diferentes formas de cultura, que se configuram nas múltiplas linguagens, e signos, expressos nos meios que as suportam. Podemos considerar que a Internet se constitui como uma ampla hipermídia, realimentada continuamente., bem como pela mobilidade e flexibilidade de edição, reedição, autoria e coautoria de textos, fotos, imagens, vídeos, músicas, etc. digitais, fazendo surgir conteúdos cada vez mais criativos.



 

 


Para saber mais sobre a cibercultura e a recombinação de conteúdo que a caracteriza, assista ao vídeo “Web 2.0 – A máquina somos nós”, disponível no site http://www.youtube.com/watch?v=WzYHsqPINhY

 

 

Você observou como, a partir da convergência das mídias, emergem a autoria e conteúdos mais criativos?
                       
De fato, estar em convergência diante das inúmeras funcionalidades possíveis à Internet e aos serviços disponibilizados na web provoca a escrita singular e estimula um ato de escrever em integração com diferentes linguagens, as quais expressam o próprio pensamento e a oportunidade de comunicá-lo aos outros.

Almeida (2007) aponta que a navegação em hipermídias não se limita à leitura linear da palavra impressa. Trata-se de uma leitura baseada em indexações, conexões entre ideias, conceitos e informações representados sob diferentes formas, tais como palavras, páginas, imagens, animações, gráficos, sons, clips de vídeo, que se constituem como fragmentos organizados de modo reticular (SANTAELLA, 2004).  E, assim, “o ato de ler se transforma historicamente” (KENSKI, 2001, p. 132).

O leitor de um hipertexto encontra-se diante de um leque de possibilidades informativas, que impulsionam um movimento de interligar informações, navegar e criar novas sequências e rotas singulares interativas, fazendo do leitor-navegante coautor da criação do hipertexto, constituindo-se como leitor imersivo (SANTAELLA, 2004).

A crescente convergência das mídias permite a participação ativa de crianças e jovens como produtores culturais. No entanto, ainda que a escola se mostre hoje preocupada com a linguagem das mídias, as mudanças no seu cotidiano e suas práticas são por vezes consideradas tímidas e distantes das experiências que seus alunos vivem em outros espaços. Para diminuir a distância entre a escola e o cotidiano, é importante partir do conhecimento de mundo dos alunos e do qual faz parte a linguagem das mídias, sua crescente convergência e as possibilidades de protagonismo que oferece.

Podemos, então, afirmar que a sociedade digital, na qual desejamos uma educação diferenciada e contemporânea, caracteriza-se pela produção colaborativa, pela democratização e socialização e pelo compartilhamento responsável de obras livres.

 

   

 

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