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Etapa 1
Etapa 3: Mobilidade e ubiqüidade
 

15. informação onipresente?


E o que significa informação onipresente?

Por exemplo, você acessa o buscador Google e insere a palavra-chave “educação infantil”. Repare que além das informações resultantes da busca você também encontra “links patrocinados”. Essa modelagem do ambiente é um dos modos de falarmos sobre ubiquidade. A informação desse patrocinador - pode ser uma escola de educação infantil, por exemplo, chegou até você. Simplesmente porque os processamentos inteligentes tornam a informação ubíqua. Aparece para você, e ao mesmo tempo, milhares de pessoas também estão acessando a mesma informação, visualizando-a. Essa informação é onipresente!

Sigamos exemplificando, agora falando dos serviços de informação geográfica. Os conhecidos GPS são sistemas de posicionamento que auxiliam os motoristas a percorrerem trajetos e a informarem sobre pontos de localização específicos. Além de disponibilizar mapas, apontam locais de restaurantes, teatros e outros de interesse, de acordo com o lugar onde nos encontramos e cumprem também a função de informar sobre eventos, entretenimentos etc.


Imagine você... somos também onipresentes quando estamos conectados! E isso é planetário



Esse é o lado preocupante da ubiquidade. Não somos anônimos, não há anonimato quando se está “plugado”. Essa capacidade “invisível” de captar nossa visibilidade é a funcionalidade dos sistemas ubíquos, os quais permitem informar de qualquer lugar, em qualquer tempo e de forma rápida, até sem que saibamos que nossos dados transitam.


O que determina esse processo, segundo Damasio resulta da proliferação de canais de transmissão e do aumento do volume global de informação disponível sem que daí resulte uma melhoria qualitativa da experiência subjetiva, isto contrariamente àquilo que era aparentemente prometido pela própria natureza física do modelo de comunicação típico das TIC.


Manter a privacidade pessoal numa sociedade ubíqua será altamente complexo e quase impossível (Gadzheva, 2008).

Mas, o fato é que não podemos esperar um uso das tecnologias separado de quem as gerencia e da sociedade que as produz e as utiliza. Estamos numa sociedade informacional, somos todos comunicáveis e o controle informacional assume sua característica de continuamente informar e também “vigiar”. Enquanto estamos na rede existem tecnologias silenciosamente observando nosso percurso, como já apontamos.

Pense a respeito: ao mesmo tempo em que vamos em busca de informação, informamos. Essa visibilidade (que exerce um certo controle sutil) é possível aos dispositivos móveis e aos sistemas ubíquos.

Em cada ponto conectado por tecnologias como a Internet cria-se uma modalidade de acesso à informação. A cada acesso, o paradoxo. A informação acessada é, igualmente, acesso a informações pessoais; é condição para conhecer e ser “(re)conhecido” nessa sociedade que deixa sua visibilidade disciplinar ser substituída por outra visibilidade, a de controle pela informação. E, no controle contínuo e por máquinas de inteligência informacional e de comunicação global, o poder se “planetariza” e amplia-se numa ecopolítica planetária (PASSETTI, 1998:33 apud BASSO, 2003).

Não estamos no foco dos malefícios da tecnologia e da convergência resultante da integração das várias mídias e dos sistemas que as gerenciam continuamente. Nosso foco é pensar a ética da privacidade sobre o contínuo  controle que a sociedade passa a tornar paradigma.


Quais aspectos críticos você acrescentaria a esse tema?

 

 

Para apoiar sua reflexão, leia o texto:

LEITE, Julieta. A ubiqüidade da informação digital no espaço urbano. In: BASSO, Maria Aparecida JoséLOGOS 29 Tecnologias e Socialidades. Ano 16, 2º semestre 2008.
Disponível em:

<http://www.logos.uerj.br/PDFS/29/10JULIETA_LEITE.pdf> Acesso em 25 jan 2009.

 


 

Você estabeleceria uma experiência pedagógica com seus alunos a partir de atividades de estudo que considerem tudo ao mesmo tempo agora?

 

 

Sobre Mark Weiser e computação ubíqua
Disponível em:
<http://ubiqwiki.com/index.php?title=Computação_Ubíqua> Acesso em 25 jan 2009.

A ubiquidade para Mark Weiser
Disponível em:
<http://www.andrelemos.info/midialocativa/2008/09/apresentao-do-texto-de-mark-weiser-1991.html > Acesso em 25 jan 2009
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