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Incentivando a participação ativa dos alunos

Questões e dúvidas relativas ao trabalho com grupos:

  • até que ponto ele pode confiar em que os alunos chegarão, através da discussão aos conceitos claros e estruturados que ele, o professor, já tem?
  • o trabalho em grupos não tomará um tempo excessivo para estudar um tema que mediante uma boa exposição oral seria coberto na metade do tempo?
  • como ele resolverá o problema da eventual indisciplina, a clássica "bagunça", neste ambiente de tanta liberdade?
  • qual será, depois de tudo, o "status" do professor numa situação em que a opinião de qualquer aluno é tão respeitável como a do próprio professor?
  • como se pode avaliar o progresso de cada aluno se seu desempenho aparece misturado com o desempenho de todos os demais?
  • será que o trabalho de grupo é bom só para certas disciplinas, como as ciências sociais, porém inconveniente para outras, como as ciências exatas, físicas e naturais?

A gênese de um grupo, isto é, a passagem de um aglomerado de pessoas que mal se conhecem entre si, a uma entidade social orgânica e viva que é "o grupo". Conceitualizamos o grupo como um todo ou sistema que é algo mais que a simples soma de seus elementos individuais

grupo de discussão

O processo começa com a apresentação dos membros. É 'o primeiro passo: todos desejamos conhecer quem são os possíveis amigos  ou inimigos. É a medida mais essencial da segurança psicológica. Mas logo em seguida vem outro imperativo da segurança: saber quem é, como é a autoridade e que objetivos tem para nós.

Com respeito à autoridade, desde os primeiros momentos da vida do grupo começam a distinguir-se dois tipos de pessoas: as SUPERDEPENDENTES, aquelas que estão dispostas a seguir as orientações e normas da autoridade, e as CONTRADEPENDENTES, aquelas que têm seus próprios objetivos e consideram humilhante se submeter sem luta à autoridade do grupo. Somente mais tarde, quando o grupo já tenha convivido um tempo e se tornado mais maduro, é que surge uma atitude nova, a INTERDEPENDÉNCIA.

Ao mesmo tempo que procuram um modo de se relacionar com a autoridade, os membros sofrem inicialmente uma forte necessidade de saber qual é o objetivo do grupo e como se trabalhará para alcançá-lo.

Uma vez resolvida por cada membro a questão de sua dependência com relação à autoridade e a questão de sua intimidade afetiva com os demais membros - que são as preocupações iniciais de todo grupo - vem a etapa do trabalho de grupo propriamente dito, isto é, a definição de objetivos e o emprego de estratégias para alcançá-lo.

No transcorrer da atividade grupal, realizá-se, espontânea ou deliberadamente, uma certa "divisão de trabalho" pela qual os membros assumem funções diferentes, complementares entre si. Assim, em um mesmo grupo podemos ver membros servindo como:

  • Iniciadores: sugerem novas idéias, metas ou procedimentos.
  • Estimuladores: entusiasmam o grupo para uma maior atividade ou produção, de qualidade mais alta.
  • Coletores de Informação: procuram dados de fontes internas ou externas, necessários para as decisões do grupo.
  • Avaliadores críticos: analisam o desempenho do grupo e criticam suas falhas, ajudando assim a manter normas de excelência.
  • Coordenadores: relacionam idéias e esforços, coordenando atividades para alcançar o objetivo comum.
  • Anotadores-relatores: registram os debates e conclusões.

Resumido do livro: ESTRATEGIAS DE ENSINO APRENDIZAGEM dos autores Juan Diãz Bordenave e Adair Martins Pereira, Editora Vozes

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